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Ida de Ganso para o São Paulo amplia lista de vira-casacas do futebol brasileiro; relembre alguns casos.

21 set

A polêmica transferência envolvendo o meia Paulo Henrique Ganso junto ao São Paulo, sacramentada na madrugada desta sexta-feira (21) e oficializada pelo tricolor com muita festa, trás de volta uma tônica que ganhou destaque no futebol brasileiro nos últimos anos: trocar um time pelo rival.

Transações como a ida de Paulo Nunes para o Corinthians, Marcelinho Carioca para o Santos, Romário para o Fluminense e Luisão para o São Paulo são apenas algumas das diversas viradas de casaca de jogadores que atuam no futebol brasileiro.

Listamos alguns dos mais polêmicos casos envolvendo esse tipo de transferência no Brasil, que voltam à tona por conta da troca de Ganso do Santos para o São Paulo.

Luizão defendeu Palmeiras, Vasco, Corinthians, Botafogo, São Paulo e Santos.

Léo Moura jogou por Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, São Paulo e Palmeiras.

Valber defendeu Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo, São Paulo e Santos.

Leandro Amaral jogou por Flamengo, Fluminense, Vasco, São Paulo, Santos e Palmeiras.

Edmundo defendeu Santos, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Polêmico, o baixinho só não defende as cores do Botafogo no Rio de Janeiro, e o seu vai e vem entre os grandes cariocas é um dos destaques de nossa lista.

Santos admite receber R$ 23,8 mi, e Ganso deve fechar com o São Paulo.

13 set

Por Alexandre Lozetti e Marcelo Hazan – São Paulo e Santos

São Paulo, Santos, DIS e Paulo Henrique Ganso caminham a passos largos para o fim da novela que deve levar o meia ao Morumbi até o fim desta semana. Pela primeira vez, o presidente do Peixe, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, admite que pode negociar o jogador pelo valor proporcional aos 45% dos direitos econômicos do atleta a que o clube tem direito, correspondente a R$ 23,8 milhões. Antes, o Peixe batia o pé pela quantia integral: R$ 53 milhões.

Isso porque o DIS, que detém 55%, deverá abrir mão de receber, por enquanto, pela negociação, em documento. Nesse caso, poderia lucrar numa eventual negociação do Tricolor com outro clube. Assim, o São Paulo precisa topar adquirir somente os 45% do Santos por um valor superior ao que estava disposto a pagar. A primeira oferta foi de R$ 23 milhões, e a seguinte, de aproximadamente R$ 30 milhões, ambas pela totalidade dos direitos. Agora, São Paulo e DIS terão de chegar a um acordo sobre como o grupo será beneficiado no futuro.

– Nem adianta o São Paulo apresentar uma proposta se for inferior aos R$ 23,8 milhões. Vão gastar tinta e papel. Esse é o número para o Ganso sair do Santos. O assunto já encheu, é difícil ficar cuidando só disso na vida. Tenho um monte de outras coisas importantes para tratar – afirmou o presidente do Santos, em entrevista à Rádio Globo.

Para que o anúncio seja feito, o acordo precisa ser colocado no papel. O DIS quer ver Ganso no Morumbi e deverá documentar que abre mão de sua parte para novamente não perder dinheiro em uma transação com o Peixe. A empresa entende que teria dificuldades para receber caso o Santos tivesse de repassar o valor, já que brigam na Justiça por situação semelhante envolvendo Wesley, hoje no Palmeiras. Em 2010, o volante foi vendido para o Werder Bremen, e o Peixe não repassou o valor que a empresa entendia ser o correto.O caso ainda está sendo discutido na Justiça.

Nos últimos três dias, uma série de reuniões ocorreu para tentar selar o negócio, que já sofria pressão de todas as partes, principalmente de conselheiros santistas. Até mesmo o lateral-esquerdo Léo cobrou um desfecho, pois a situação estava tumultuando o ambiente do Peixe, e ouviu da diretoria que isso não demoraria a acontecer.

Os dirigentes dos clubes ficaram com a relação estremecida depois das acusações de aliciamento do Tricolor a Ganso feitas por Luis Alvaro, que ameaçou ir à Fifa. Do lado tricolor, o diretor de futebol Adalberto Baptista desmentiu a versão santista de que havia desistido do negócio. O boato, inclusive, deixou Ganso muito irritado. Até em função disso, as conversas finais ficaram entre Santos e DIS. Mesmo sendo inimiga declarada do Peixe, a empresa passou a intermediar o negócio com o São Paulo, por conta do desgaste entre os clubes ao longo da novela.

O mandatário santista também disse estranhar que todas as propostas de aumento salarial tenham sido recusadas por Ganso. A última, feita durante a negociação com o São Paulo, ainda não foi oficialmente respondida, mas o jogador e seus empresários já deixaram claro que não agradou.

Com a negociação quase concluída, resta colocar tudo no papel, e o contrato ser assinado, o que deve ocorrer nos próximos dias. O São Paulo confia plenamente na recuperação física e clínica de Ganso, que tem uma lesão na coxa esquerda e não tem previsão para voltar aos treinos. Nos dois últimos anos, o meia passou por duas cirurgias, uma em cada joelho, e alguns problemas musculares.

Luiz Rosan, fisioterapeuta da seleção brasileira, trabalha no clube, que também consultou o médico da Seleção, José Luiz Runco, e ouviu que o jogador não tem nenhum problema crônico.

No início desta semana, Flamengo e Grêmio demonstraram interesse na contratação do jogador, mas ele afirmou aos representantes que seu desejo era mesmo atuar no time paulista. Caso a contratação seja fechada, ele deverá usar a camisa 8, que pertence ao volante Fabrício, lesionado.

Janela de verão afeta valor de mercado dos clubes brasileiros.

3 set

por Emerson Gonçalves

Fechada a janela de transferências de verão do futebol europeu (ver post anterior a respeito), podemos avaliar seu impacto sobre os clubes brasileiros. Segundo estudo da Pluri Consultoria, o valor de mercado dos elencos dos clubes brasileiros da Série A caiu 4% ou 43 milhões de euros, equivalentes a 108 milhões de reais, passando de um total de 1,02 bilhão de euros para 0,978 bilhão,  De acordo com a consultoria, essa queda só não é maior porque Lucas permanece no São Paulo até o final dessa temporada.

O Brasil continua tendo o 6º campeonato mais valioso do mundo, atrás da Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, e imediatamente acima da Rússia. Santos, São Paulo e Corinthians permanecem com os três elencos mais valiosos e com a valorização de Lucas o São Paulo passar a ser o segundo time a superar a marca de 100 milhões de euros no valor do elenco.

Quem ganhou, quem perdeu

Ainda graças à permanência de Lucas, o elenco do São Paulo foi o que mais se valorizou, embora seja uma situação com prazo de validade determinado (31 de dezembro desse ano). Na sequência, tivemos as valorizações dos elencos do Atlético Mineiro (graças, sobretudo, a Bernard) e o Sport Recife.

No total, além do São Paulo somente oito outras equipes saíram desse período de janela com elencos mais valorizados: Náutico, Sport, Ponte Preta, Figueirense, Bahia, Coritiba, Atlético Mineiro e Cruzeiro.

Na outra ponta, o elenco que mais sofreu com a janela foi o do Internacional, principalmente pela perde de Oscar, com uma redução de 20% no seu valor: de de 82,0 para 65,5 milhões de euros. Depois vem o Vasco, com uma redução de 24%, equivalente a 16,3 milhões, com as saídas de Rômulo, Diego Souza, Fagner e Alan. Na sequência vem o elenco do Santos, cujo elenco perdeu valor graças à desvalorização do valor de mercado de Ganso.

Considerando o ranking, o Atlético Mineiro foi o que mais subiu, da 9ª para a 6ª posição, enquanto Vasco perdeu 4 posições – da 6ª para a 10ª – e o Internacional perdeu duas, passando de 3º para 5º elenco mais valioso.

Os analistas da Pluri consideram que é fundamental ajustar o calendário do futebol brasileiro ao europeu (e hoje mundial, praticamente), para evitar essas mexidas justamente no meio do Campeonato Brasileiro, agravadas pela impossibilidade de contratar jogadores de outros clubes na disputa, devido ao limite de sete jogos, nessa altura, já ter sido atingido pela maioria dos atletas de maior interesse.